Entre tronos e dragões

Sim, cheguei alguns anos atrasado em Game of Thrones.

Falha grave para alguém que se orgulha de ser nerd ou, no mínimo, consumidor de cultura pop.

Aconteceu o mesmo com Matrix, Star Wars, O Poderoso Chefão… clássicos que ignorei por anos e agora estão na prateleira de cima do meu catálogo pessoal.

“Antes tarde do que nunca”.

O lado bom de assistir a GoT agora foi poder maratonar tranquilo, sem temer spoilers. E nem passar pelo martírio de esperar uma nova temporada.

A parte ruim é querer dividir a experiência com quem já viu, mas precisar de paciência para aceitar que a pessoa já esqueceu de uma porção de cenas e personagens legais.

Está tudo fresquinho na minha mente. Winterfell, Daenerys, Starks, Casamento Vermelho, Imaculados, Baratheons, Greyjoys, Batalha dos Bastardos, Arya, Lannisters, lobos, vagantes brancos, aço valeriano, regicidas, conspirações, Tyrells, cabeças decepadas, traições, fornicações, Trono de Ferro, Rei Louco, Tyrion, dragões…

8 temporadas, 73 episódios “devorados” em menos de dois meses. Uma afronta, principalmente para quem ficou grudado na TV entre 2011 e 2019, quando a série foi exibida originalmente na HBO.

Embora o final tenha sido decepcionante (uma estranha unanimidade), a história de George R.R. Martin apresentou momentos incríveis e despertou as mais diversas sensações, fazendo jus ao tanto de prêmios que recebeu e a catarse que causou.

Se fiquei impressionado? Nadica de nada. Apenas senti vontade de montar em um dragão e passear com ele em Arraial do Cabo no fim de semana, voando sobre a Praia Grande no fim de tarde. Ia dar cada foto maneira! Precisava nem soltar fogo não – mentira, precisava sim.

Admito que virei fã e já quero ler todos os livros, aprofundar a narrativa, descobrir novos elementos, revisitar algumas passagens e ter toda aquela experiência que apenas os livros podem proporcionar. Geralmente eu prefiro o caminho inverso, mas já que conheci os Sete Reinos por vídeo primeiro, que assim seja.

Aliás, em momento oportuno foi lançada “A Casa do Dragão”, contando o que se passou 200 anos antes do ponto inicial. HBO Max, sua danadinha. Lá vamos nós mergulhar em Westeros novamente. Ora, ora, parece que não errei tanto assim o tempo de assistir, afinal.

Ned Stark, o Trono de Ferro e o início da febre.

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